quinta-feira, 29 de julho de 2010

INTERESSANTE.


Eco nascimento: O ambiente da criança que vai nascer


Uma vez que você compreenda que o ambiente afeta a criança que vai nascer, você vai entender que a paz na Terra começa com as mães. O ambiente inclui a vida antes do nascimento, no ventre, a saúde emocional da mãe e as práticas de nascimento que serão escolhidas ou impostas à mãe.

Vida pré-natal no útero
Nós adquirimos nossos genes na concepção. O ambiente do útero determina os genes que serão expressos e os que serão silenciados, definindo já no útero ao que estamos expostos tanto física como psicologicamente. Sabemos que as substâncias químicas, drogas, álcool e outros atravessam a barreira da placenta e entram no sangue do bebê. Sabemos que as doses toleradas pela mãe são overdoses para o feto, cujo fígado imaturo não consegue desintoxicar o sangue. Um estudo entre recém-nascidos na Flórida, E.U.A., encontrou 187 produtos químicos sintéticos no sangue do cordão umbilical de recém-nascidos.

O trabalho de Bruce Lipton, biólogo celular da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, E.U.A., mostra que o sistema de processamento das informações da célula é a membrana celular, que age como um cérebro minúsculo! O ambiente, que opera através da membrana celular, controla o comportamento e a fisiologia da célula, ligando e desligando os genes. Em sua pesquisa, Dr. Lipton demonstra que o ambiente inclui a mente subconsciente, que ele define como um banco de dados dos hábitos adquiridos, começando com as crenças primárias formadas durante a gravidez que permanecem na infância. Através dessas crenças, nós participamos energicamente da atividade dos nossos genes e fazemos isso por toda a nossa vida sem saber que nossas emoções, pensamentos e estilo de vida influenciam nossa genética e a genética dos nossos bebês.

Michel Odent, obstetra francês, Thomas Verny, MD, entre outros pesquisadores em saúde perinatal, atestam de maneira convincente que o que se forma, à medida que o feto está se desenvolvendo dentro do útero, são amplas e profundas tendências, tais como uma sensação de segurança e auto-estima. A partir dessas tendências, personalidades específicas são desenvolvidas na infância mais tarde. Por exemplo, um bebê pode nascer ansioso e com medo. Mais tarde, essa ansiedade pode gerar a timidez. Ou um bebê pode nascer saudável e descontraído. Uma personalidade otimista e confiante pode ser desenvolvida a partir disso. Esses fatores têm tudo a ver com a nossa sociabilidade e a nossa capacidade de amar.

Saúde emocional da mãe
Nos tempos antigos, a saúde emocional da mulher grávida era responsabilidade de todos na comunidade, porque todos entendiam que a atitude de uma mãe contribuía significativamente para a saúde do seu bebê. Em outras sociedades, era tradicional não deixar uma mulher grávida ouvir más notícias. Além disso, dizem que nunca se deve discutir com uma mulher grávida. Mas se você o faz, dê a ela a última palavra! Nos velhos tempos, no Japão, as mulheres praticavam Taikyo, ou “treinamento do útero”, uma forma de atenção pré-natal à saúde mental e espiritual da mãe. Na minha prática como parteira, peço que meus clientes prestem atenção aos seus pensamentos mais íntimos, que reflitam somente sobre os pensamentos que são encorajadores e pacíficos, dando fim a conversas com pessoas que têm medo do parto. A ciência moderna tem mostrado que se uma mulher grávida está deprimida, ela segrega um elevado nível de cortisona, o que deprime o crescimento do cérebro do feto. Se ela está com medo, ela segrega altos níveis de adrenalina. Sempre que alguém faz, pensa ou diz alguma coisa, esses atos não se encerram por ali. Pelo contrário, deixam marcas no corpo e na mente. Isso deve ser a prioridade número um de todos os envolvidos no cuidado pré-natal (incluindo a própria mãe) para cuidar da saúde emocional de mulheres grávidas.

Práticas do Nascimento
Aqui está um exemplo de uma prática de nascimento que tem efeitos a longo prazo sobre o sistema imunológico do bebê. Nos últimos anos, aprendemos a importância dos microorganismos que vivem no nosso aparelho digestivo ou da flora intestinal para a nossa saúde. Talvez sabendo disso, você coma iogurte com bactérias ativas. Talvez lhe interesse saber que o bebê dentro do útero é estéril, livre de germes. Antecipando o futuro, a natureza fornece para o feto, através da placenta, anticorpos (imunidade) para a maioria dos microorganismos que vivem na superfície do corpo da mãe. Quando o bebê nasce, através da vagina ou por cesariana, imediatamente ele é cercado por enxames de quaisquer microorganismos que são predominantes e conseguem chegar a ele primeiro. Os micróbios que têm acesso ao recém-nascido entram no seu nariz, olhos, boca, sistema digestivo, pulmões e pele. Segundo Odent, a população dos microorganismos do recém-nascido determina 80% da eficácia do sistema imunológico para o resto da vida. Ter um bebê por cesariana evita contato com a vagina e o períneo da mãe, que são abundantemente povoados por microflora. Na sala de cirurgia, o bebê geralmente é levado para perto do rosto da mãe para ela olhar para ele e depois levado depressa até a mesa aquecida para ser limpo e envolto em um cobertor. Pode levar horas até que a pele da mãe fique em contato com a pele do bebê. A essa altura, o bebê foi colonizado por microorganismos predominantes do hospital. É um cenário perfeito para a baixa resistência a doenças e o surgimento de alergias, asma, etc. assim como infecções mais imediatas.

Um índio americano, chefe da tribo Iroquois, certa vez disse: “Em cada deliberação, devemos considerar o impacto sobre a sétima geração, para que nossos netos, bisnetos e tataranetos tenham os mesmos recursos e oportunidades para a saúde que nós desfrutamos agora”.

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