quinta-feira, 29 de julho de 2010

MATERNIDADE CASA DE NASCIMENTO.......VAMOS HUMANIZAR.


5) HOSPITAL MATERNIDADE

Em muitos deles os funcionários estão sobrecarregados, indiferentes, desmotivados e rotineiros nas suas atitudes. São eles que representam em qualquer categoria profissional, os depositários dos procedimentos que são transmitidos na prática de uns para os outros, incluindo desde os portadores de escolaridade de 1º e 2º grau, até os de nível universitário.

Aprendendo a teoria na escola, quando chegam na prática, no exercício profissional, encontram as rotinas já estabelecidas. Estas só podem ser questionadas em ambiente que não for de acomodação e de indiferença.

Mudar exige um esforço e tem como mola propulsora melhorar o atendimento. Quem estaria interessado? As rotinas não são questionadas. A mulher e a criança não são acompanhadas após sua saída da maternidade ou, se o são, outros profissionais acompanham, não os mesmos que assistiram o parto, o que dificulta a avaliação do certo ou errado que ocorreu durante o parto. Alguns procedimentos "não oficiais" dos nossos hospitais públicos são motivo de profundo questionamento.

O principal deles é recusar a admissão. Foi perguntado à futura mãe a distância entre sua residência e o hospital? Teria sido examinada para avaliação de seu estado clínico antes de receber a recusa? A avaliação de uma mulher em trabalho de parto necessita de tempo em horas para observação da evolução.
Os profissionais capacitados sabem que a evolução do trabalho de parto é imprevisível.

Mandar uma mãe embora por simples falta de vaga não é a solução. O trabalho de parto pode evoluir rapidamente. Se ela mora longe, pode não ter o tempo necessário de ir e voltar para dar à luz ou então, quando chega, em casa, precisa novamente voltar para o hospital, ficando em trabalho de parto durante todo o trajeto que é realizado com mais freqüência em condução coletiva (ônibus, metrô, etc.)
Nesse vai e vem aumenta o risco de anoxia do recém-nascido e suas conseqüências, como a paralisia cerebral.

Quando ela é recusada em um único hospital e aceita no próximo que procura se dá por satisfeita. Entretanto, ela às vezes é recusada em vários hospitais percorrendo um verdadeiro calvário.
"Darás à luz com dor". (Gênesis)


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