quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RISCOS DA OBESIDADE DURANTE A GESTAÇÃO PARA A MÃE E O BEBÊ

Dra Valeria Santos de Almeida
O excesso de gordura corporal é definida como obesidade….mas não se assuste não podemos chamar de obesa uma pessoas que tem
apenas uns quilinhos à mais que aparecem visivelmente pelas dobrinhas na
cintura, costas ou em outras partes do corpo.
Para uma pessoa ser considerada obesa segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é necessário ter o Indíce de Massa Corporal acima de 30. Como consigo então saber se me encontro longe ou próximo deste número??
Basta dividir seu peso corporal em quilos pelo quadrado da estatura em centímetros (P/E2).
       A OMS elaborou uma classificação, observe a tabela abaixo:
IMC até 24,9
peso normal
IMC de 25 a 29,9
acima do peso
IMC acima de 30
Obesidade

A obesidade é conhecida é hoje uma epidemia mundial, e no nosso país isto também é uma realidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o excesso de peso e a obesidade entre as mulheres cresceram 50% nos últimos 30 anos, e atualmente, 51,9% das brasileiras entre 20 e 44 anos estão acima do peso, idade em casamos e temos nossos filhos.
Mas quais são os riscos do excesso de peso durante a gravidez?, Porque os obstetras se preocupam tanto com o peso que a mulher pode ganhar durante a gestação??
Evidências científicas relatam que quanto maior o IMC pré gestação ou no primeiro trimestre maiores são os
riscos para a mãe e o bebê. Pesquisas revelam que quanto maior o IMC maior o risco de diabetes, e pré-eclâmpsia. As gestantes obesas também apresentam maior probabilidade de terem infecções de urina, além partos por cesariana, hemorragia e infecção no pós parto.
Mas não para por aí, os bebês de gestantes obesas também podem sofrers conseqüências desastrosas do excesso de peso materno. As malformações fetais são mais comuns em gestantes obesas do que com peso normal, além de maior incidência de defeitos no tubo neural, mesmo utilizando suplementação adequada de ácido fólico.
O peso do bebê também pode ser afetado, bebês com peso acima de 4 quilos (macrossomia) são comuns em gestantes obesas, independente da associação com diabetes mellitus. Ao nascer seus filhos têm maior probabilidade de serem obesos, e este risco aumenta se a mãe é diabética.
Além disso, sabemos hoje que o ganho de peso durante a gestação é um dos mais relevantes determinantes para retenção de peso pós parto, e assim muitas mulheres não conseguem perder o peso que ganharam durante a gestação entram numa nova gravidez com quilos á mais formando um ciclo perigoso.
Por isso que a manter um peso normal para sua estatura antes da gravidez é bastante interessante bem como ganhar o peso recomendado pelo seu médico.
Algumas estratégias são necessárias como a combinação de uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos em todas as fases: pré-gravidez, gravidez e pós-parto.
O Método Gerar tem esta combinação perfeita para você entre em contato:valeria@metodogerar.com.br ou pelo telefone (11)  2778-3500 7763-9358 ou valeria@metodogerar.com.br
Texto base: MATTAR, R. et al. Obesidade e Gravidez. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009, 31(3):107-10
acesse-o em nosso site: http://www.metodogerar.com.br/artigos-cientificos/

Cuidados pra gestante obesa.

Alimentação da Gestante

O perigo da obesidade para as futuras mamães
A fome pode estar ligada a alterações psicológicas e emocionais
A gravidez é um momento delicado e requer cuidados especiais, principalmente quando o assunto é a alimentação que, nessa fase, tem relação direta com a saúde da mãe e a do bebê, tanto na vida intra-uterina como no futuro. A obesidade na gravidez é um problema comum e perigoso. Cerca de 45% das mulheres obesas no mundo ganharam peso após a gravidez. Para a psicóloga e criadora do método de emagrecimento Forma Leve, Yara Daros, a fome não é apenas uma necessidade fisiológica e também pode estar associada a alterações psicológicas e emocionais, como períodos de ansiedade e fragilidade, que podem levar à compulsão alimentar.
Segundo o RDI (Recommended Dietary Intakes), tabela com as recomendações universais sobre alimentação, gestantes a partir do terceiro mês de gravidez devem ingerir apenas 300 calorias a mais do que o normal, totalizando 2.800 calorias por dia. Considera-se que as gestantes de baixo peso ganham em torno de 15 kg; as de peso adequado, entre 10 a 12 kg; e as com sobrepeso ou obesas, entre 6kg e 7kg.
"Ganhar peso excessivamente no período gestacional ou iniciar esse período com sobrepeso ou obesidade são fatores de risco para complicações como diabetes, hipertensão e pré-eclâmpsia, principalmente no final da gestação. Esses males são duas a seis vezes mais comuns em mulheres com excesso de peso" ressalta Yara.
A obesidade durante a gestação também está associada ao maior índice de mortalidade dos recém-nascidos, principalmente no período perinatal, além do nascimento de crianças com defeito no tubo neural, estrutura que dá origem ao cérebro e à medula. A média de peso dos bebês também é maior que o normal, o que pode provocar riscos obstétricos durante o parto, contribuindo para a maior taxa de cesáreas.
"As mulheres que ganham muito peso durante a gravidez têm hábitos alimentares ruins e que, possivelmente, continuam depois do nascimento do bebê. Para as que iniciam a gravidez com sobrepeso ou obesidade, nenhum aumento calórico é recomendado", explica Yara. Ela complementa que, no entanto, o período de gestação não é o mais adequado para perder peso e é fundamental que a gestante com sobrepeso receba orientação alimentar adequada para não colocar a sua vida e de seu bebê em risco.
Dicas para uma gravidez saudável:
Beba água constantemente, de 1,5 a 2 litros por dia.
Consuma pelo menos três frutas por dia, além de legumes e verduras no almoço e jantar. Esses alimentos são ricos em fibras, que previnem a prisão de ventre, muito comum na gestação.
Fracione as refeições em seis a oito vezes ao dia, com pequenas quantidades, e mastigue devagar. Consuma alimentos com baixo teor de gordura e evite ingerir líquidos durante as refeições, para facilitar a digestão e evitar azia.
A carne é muito importante nesse período, por ser rica em ferro e proteínas. O ferro pode ser melhor absorvido se consumido com frutas ricas em vitamina C, como kiwi, laranja, limão, acerola, tangerina e abacaxi.
A amamentação é a grande fonte de perda de peso para a grávida. A mulher que amamenta perde de 400 a 500 calorias por dia. Isso equivale à quantidade de calorias perdidas em mais de uma hora de exercícios aeróbicos.