terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Parto Humanizado no Superpop - Parte 1/8

Entrevista com Naolí Vinaver

Inteligente a marchinha ..retirado do www.partodoprincipio.com.br

13 de fevereiro de 2012

Marchinhas de carnaval para quem quer parto normal!

Nossas poetizas estão cheia de animação para este carnaval!
Curta algumas marchinhas criadas pelas ppzetes!

Se você pensa que cesárea é parto,
cesárea num é parto não!
cesárea tem fama de chique,
mas parto é que dá tesão!
Pode me faltar tudo na vida
hospital, agulha, punção
pode me faltar a droga
que isso não faz falta não..
Pode me faltar doutor,
isso eu acho até bobeira..
Só não quero é que me falte,
a danada (da doula) e da parteira!

Por Ana Cris e Roselene



****

Ô abre a sala que quero cortar
Ô abre a sala que quero cortar
Sou cesarista, não posso negar
No feriado não vou trabalhar.

Por Paty Brandão

Retirado do www.partohumanizado.com.br Grande Mestra Marilia Largura.

PARTO HUMANIZADO
por Marilia Largura


1) O NASCIMENTO TAMBÉM TEM SUA HISTÓRIA
Todos nós sentimos que estamos em uma etapa decisiva do futuro da humanidade. Mesmo se acharmos que a prática generalizada da fecundação "in vitro" e de mães de substituição não é para agora, as modificações que ocorreram neste últimos anos foram bastante significativas.
O profissional que se dedica ao nascimento e que é sensível à sua problemática não pode ficar indiferente e deixar de se interrogar sobre o que se passa sob seus olhos. O presente e o passado são objeto de sua curiosidade. Como eram as práticas culturais que acompanhavam os nascimentos? Somos solidários de um passado que conhecemos mal. Existe, entretanto, uma certeza: nós somos, em maior ou menor grau, condicionados por ele. Os hábitos e comportamentos, as práticas dos tempos passados influenciam ainda, às vezes mais do que pensamos, os comportamentos atuais. 
Passaram-se dois séculos de medicalização do parto. Durante esse período a tendência, os esforços foram realizados no sentido de retirar da assistência ao parto tudo o que não fosse estritamente relacionado ao biológico e à arte médica. Medidas tomadas priorizavam a higiene pensando em favorecer o indivíduo. Ficaram esquecidos os aspectos espirituais, psicológicos e sociais. Um exemplo que ilustra muito bem essa tendência foi a criação de berçários para recém-nascidos normais que condicionou longo tempo de separação entre mãe e filho.
Vivemos numa época caracterizada pelo consumismo, que por sua vez, leva ao materialismo, à confiança na tecnologia, à perda da individualidade, ao conforto que estabiliza e impede o indivíduo de arriscar e criar novas situações, que transformou o homem num simples "objeto" de consumo, que amortiza as consciências. Na família, poucos filhos, o divórcio (nos USA de cada dois casamentos, um termina em divórcio). Liberdade sexual que se seguiu à anti-concepção. 
Todos esses fatores influem de forma direta ou indireta sobre o nascimento.  Humanizar o parto é respeitar e criar condições para que todas as dimensões do ser humano sejam atendidas: espirituais, psicológicas, biológicas e sociais.

A mulher é um animal racional. Nada que é humano é puramente corporal, assim como nada é puramente espiritual. O corpo (soma, em grego) e o espírito (psiché) estão simultaneamente presentes.

Nas questões relativas ao parto não só os médicos deveriam ser ouvidos mas antes de tudo a mulher que faz a experiência de dar à luz.
A colaboração de outros profissionais que em seu campo de pesquisa e trabalho privilegiam a condição feminina viria enriquecer e reforçar as mudanças que se fazem necessárias nessa área. Lembramos das assistentes sociais, psicólogos, sociólogos, antropólogos, enfermeiras-obstétricas, parteiras tradicionais.

O nascimento não é um mecanismo de "fabricação" de crianças. É um processo de criação.