terça-feira, 27 de julho de 2010

Muito importante............vamos paparrrrrrrr.

Hábitos alimentares são formados no 1° ano de vida
É de grande importância que as crianças aprendam a comer de uma forma correta desde cedo uma vez que os hábitos alimentares são formados no primeiro ano de vida, dentro da família, e conservados na vida adulta. O ambiente familiar é, o início e talvez, o mais importante influenciador dos hábitos infantis.

Sendo assim, alimentação saudável nesta fase da vida tem papel fundamental e essencial para permitir um normal desenvolvimento e crescimento, uma vez que práticas alimentares inadequadas trarão conseqüências futuras sobre a saúde da criança, com o aparecimento de doenças, retardo no crescimento e atraso escolar.

Os cuidados com a criança no primeiro ano de vida são fundamentais, por ser esta uma fase em que ela se encontra extremamente vulnerável, tendo em vista o fenômeno do crescimento e a sua total dependência. Dentre as necessidades básicas para assegurar a sobrevivência, o crescimento e o desenvolvimento adequado, a nutrição assume papel importante.

O processo nutritivo é, em conseqüência, involuntário e depende da seleção alimentar. Este processo é importante ao longo de toda a vida, particularmente em determinados períodos, como sejam a infância e a adolescência, a gravidez ou a terceira idade. A criança, por se encontrar em fase de crescimento, é extremamente dependente de uma alimentação saudável e, por isso, mais sensível às carências, desequilíbrios ou inadequação alimentar.

É no 1º ano de vida que a criança deve passa pelo peito da mãe, e nesse ato não é só o leite que se oferece ao bebê, são todos os nutrientes necessários, são todas as defesas que a criança necessita, é o momento especial. E para a mãe, amamentar ajuda voltar a seu peso anterior, favorece a contração uterina e previne hemorragias no pós-parto, diminui o risco de câncer de mama e de ovário e reforça o vínculo mãe-filho(a).

A Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde recomendam que o bebê deva ser alimentado exclusivamente com leite materno até 6 meses de vida. Somente a partir de 6 meses é que se deve começar a introdução de novos alimentos, mas sem abandonar a amamentação, que pode prosseguir até 2 anos de idade ou mais, se assim a mãe e a criança desejarem.

é considerado o alimento mais perfeito e completo da natureza e é a primeira e mais adequada forma de alimentar o recém-nascido. O leite humano, em virtude das suas propriedades antiinfecciosas, protege as crianças contra diferentes infecções desde os primeiros dias de vida.

Alimentos complementares são quaisquer alimentos nutritivos, sólidos ou líquidos, diferentes do leite humano, que possuem nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança. O termo “alimentos de desmame” deve ser evitado, pois pode dar a falsa impressão de que eles são usados para provocar o desmame e não para complementar o leite materno (Ministério da Saúde, 2002). Nessa fase todos os cuidados devem ser tomados para evitar que a criança rejeite prematuramente os sabores e as texturas dos novos alimentos. Deve ser um processo gradativo, permitindo que a criança se adapte a perda desse vínculo tão forte que é o aleitamento materno exclusivo.

Sob o ponto de vista nutricional, a complementação precoce é desvantajosa para a nutrição da criança, além de reduzir a duração do aleitamento materno e prejudicar a absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, como o ferro e o zinco. Outro fator que deve ser considerado na amamentação não exclusiva é o uso de mamadeiras para ofertar líquidos à criança. Essa prática pode ser prejudicial, uma vez que a mamadeira é uma importante fonte de contaminação, além de reduzir o tempo de sucção das mamas, interferindo na amamentação sob livre demanda, alterar a dinâmica oral e retardar o estabelecimento da lactação.

Erros mais comuns cometidos pelas mães

• Começar a amamentar o bebê e, no meio da mamada, passar para a outra mama, sem que a primeira tenha sido totalmente esvaziada;
• Acrescentar água ou chás antes dos seis meses;
• Bater a comida no liquidificador (risco maior de contaminação);
• Não deixar que a criança pegue na comida (é importante que ela reconheça a textura do que está comendo).

A obesidade na infância constitui importante fator de risco para a obesidade na fase adulta, aquela frase que muita gente usa “criança gordinha criança saudável Ainda se acredita que quanto mais come, mais forte o bebê fica, mais bonito, mais resistente".

Se a criança for adequadamente ensinada, nada lhe será proibido, ela terá acesso a tudo o que faz parte da sua infância, sem comprometer sua alimentação, nem seu peso, nem sua saúde, atual e principalmente futura.

10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL(MS /OPAS/OMS)

PASSO 1 – Dar somente leite materno até aos seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

PASSO 2 – A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

PASSO 3 – A partir dos seis meses dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes), três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.

PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.

PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher, começar com consistência pastosa (papas /purês) e gradativamente aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

PASSO 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

PASSO 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

PASSO 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos, garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

PASSO 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Algumas dicas para alimentação dos 6 meses a 1º ano de vida

. Oferecer um alimento por vez, evitando a mistura, para que a criança conheça a cor e o sabor de cada alimento. Quando oferecer mais de uma fruta ou legume na mesma refeição amassá-los e colocá-los no prato em porções separadas;

. Se a criança recusar um determinado alimento, oferecer novamente em outras refeições. São necessárias, em média, oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança;

. As papas devem ser introduzidas gradualmente, no horário correspondente ao lanche da tarde, completando-se a refeição com a amamentação.

. Inicie com uma colher de sopa e aumente gradualmente até no máximo quatro colheres de sopa cheias, dependendo da idade da criança. Procure amassar os alimentos (frutas, legumes e verduras) assim a criança terá contato com a textura, sabor e consistência dos alimentos.

. Deve ser iniciada a administração de frutas, sob a forma de sucos e/ou papas, sempre a colheradas. As frutas devem ser oferecidas ao natural, para preservarem o seu valor nutritivo.

. As frutas devem ser oferecidas sem açúcar e as sopas com pouco sal e gordura. As leguminosas (feijão, soja, grão-de-bico, lentilha e ervilha) devem ser adicionadas a papa a partir do sétimo mês.

. A clara de ovo só deve ser oferecida após dez meses de idade. Antes pode provocar alergia, a clara não deve ser ingerida porque tem albumina que é uma substância alergênica.

É importante que a família tenha o hábito de consumir todos os alimentos considerados saudáveis, para que a criança seja encorajada a consumí-los também.

Formar e manter hábitos alimentares adequados é responsabilidade de todos os envolvidos na educação infantil além da mãe, então encare com entusiasmo esta nova fase de desenvolvimento de uma criança, e estimule a sua entrada no "mundo da alimentação" de uma forma saudável.


Michele Oliveira de Lima
Nutricionista/CRN-6:5405
Especialista em Obesidade e Emagrecimento E-mail: michelelima.nutricionista@hotmail.com
Site: www.nutricionistamichelepb.blogspot.com


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