Mulheres que estão obesas quando engravidam têm mais chances de ter bebês com problemas congênitos, indica um estudo feito nos Estados Unidos. A falta de membros e corações malformados são alguns dos problemas que podem ser causados pelo excesso de peso da mãe, segundo os pesquisadores da University of Texas, em Houston. Estudos anteriores feitos em menor escala já haviam sugerido uma conexão, mas o trabalho americano é considerado o maior e mais abrangente já feito sobre o assunto. Os pesquisadores entrevistaram mais de 15 mil mães ao longo de um período de cinco anos - 10 mil que haviam tido bebês com problemas e outras cinco mil, que deram à luz crianças saudáveis. Elas tiveram de informar aos cientistas o peso e a altura que tinham quando ficaram grávidas. Com base nessas informações, a equipe da University of Texas concluiu que sete tipos de problemas eram mais comuns em bebês de mulheres obesas. São condições como espinha bífida (falha na formação das vértebras na coluna do feto), anormalidades genitais e de intestino, além de atrofia ou falta de dedos dos pés e das mãos, braços e pernas. Risco Os pesquisadores ressaltam, porém, que embora o estudo reforce a necessidade de se manter um peso saudável, o risco de ter um bebê com problema congênito é baixo mesmo para mulheres obesas. Kim Waller, que liderou o estudo, diz que os resultados sugerem que o risco de ter bebês com graves problemas congênitos aumenta de 3%, no caso de mulheres de peso saudável, para 4%, entre as obesas. A equipe de Walker não tem uma explicação conclusiva sobre os resultados, que precisarão ser analisados em outro estudo. Podem ser conseqüência direta da obesidade, mas também podem estar relacionados a outros fatores, como, por exemplo, a dieta de mulheres obesas. Para o professor Nick Wald, do Insituto de Medicina Preventiva de Wolfson, na Grã-Bretanha, os problemas detectados no estudo podem não estar relacionados ao peso da mãe. Segundo ele, a incidência de casos de espina bífida tem sido reduzida com melhor nutrição das mães, particularmente com o acréscimo de ácido fólico à sua dieta. "As mulheres nesse estudo podem não estar tendo uma ingestão nutricional adequada", sugere Wald. "E embora eles tenham tentado excluir o diabetes, pode ter havido muitos casos de diabetes tipo 2 que não foram detectados e se sabe há muito tempo que é um um fator de risco na gravidez." | ||||||||||
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domingo, 26 de dezembro de 2010
CUIDANDO DO CORPO PARA UMA GRAVIDEZ SAUDAVEL.
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