domingo, 2 de maio de 2010

Doula

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A doula é uma assistente sem titulação oficial que proporciona informação, apoio físico e emocional às mulheres durante a gravidez, o parto e o pós-parto.

[editar] Etimologia

A palavra "doula" procede do grego e se referia à mulher escrava que servia a outra mulher ou a um homem. Na Grécia a palavra tem conotações negativas, posto que significa "escrava", razão pela qual muitas preferem chamar a si mesmas "assistentes de parto".

Quem primeiro utilizou o conceito "doula" na sua concepção moderna foi a antropóloga Dana Raphael, para referir-se às mulheres que ajudavam às novas mães durante a lactância e o cuidado ao recém-nascido nas Filipinas.

"Doulas" não podem ser consideradas parteiras pois não realizam procedimentos médicos como auscuta fetal, medição de pressão e exame de toque do colo uterino. Sua função intraparto é de dar apoio físico e emocional à mulher em trabalho de parto. Durante a gestação fornecem informações baseadas em evidências científicas para evitar cesáreas indesejadas/ desnecessárias, proporcionar uma experiência positiva de parto, maior formação de vínculo mãe/bebê. São figuras importantes na retomada do parto fisiológico, natural, humanizado.

[editar] Visão Geral

Desde os primórdios da humanidade foi se acumulando um conhecimento empírico, fruto da experiência de milhares de mulheres auxiliando outras mulheres na hora do nascimento de seus filhos. Com a hospitalização do parto nas últimas décadas, as mulheres desenraizadas e isoladas perderam esse apoio psico-social. Como parte do processo de integração dos conhecimentos tradicionais milenares acumulados pela experiência humana com os progressos científicos contemporâneos, vem surgindo, no frio cenário do parto hospitalar, a figura da doula.

A palavra grega doula, vem sendo utilizada a partir das pesquisas de Marshall H. Klaus e John H. Kennel no inicio da década de 90 para designar aquelas mulheres capacitadas para brindar apoio continuado a outras mulheres, (e aos seus companheiros e/ou outros familiares) proporcionando conforto físico, apoio emocional e suporte cognitivo antes, durante e após o nascimento de seus filhos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde [1] de vários paises entre eles o Brasil (portaria 28 de maio de 2003) reconhecem hoje apos uma década de pesquisas cientificas a enorme contribuição da presença da doula nesse momento tão significativo e de tão profundas repercussões futuras. Tem se demonstrado que o parto evolui com maior tranqüilidade, rapidez e com menos dor e complicações tanto maternas como fetais. Torna-se uma experiência gratificante, fortalecedora e favorecedora da vinculação mãe-bebê. As vantagens também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de oferecer um serviço de maior qualidade, tem uma significativa redução nos custos dada a diminuição das intervenções médicas e do tempo de internação das mães e dos bebês.

Na América do Norte, por exemplo, estima-se que existam atualmente de 10.000 a 12.000 doulas. No Brasil, a demanda de mulheres e instituições que solicitam esse serviço, ainda que bem menor, também vem crescendo significativamente. Mais de 100 doulas atuam no atendimento individual à mulher (particular, acompanhando partos em casa, casa de parto e maternidades) e outras tantas como voluntárias em hospitais do SUS.

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